28 de maio de 2010

Love never dies


É verdade. E é esta noite. Mais um musical - desta vez um presente inesperado!

É justo

Durante a semana esfalfo-me no ginásio e à sexta estrago tudo com fish n chips. Mas vou feliz de fim-de-semana.

27 de maio de 2010

Eh pa, nem assinalei...

Esta semana foram já 4 os meses que cá estou. 120 longos dias. 2880 horas, sendo que não foram assim tantas aquelas que passei a dormir. Só me lembro de festejar meses de qualquer coisa até ao meu primeiro ano de vida e quando um mês a mais com um namorado era uma eternidade. Pensei que só voltaria a contar meses quando estivesse para ser mãe.

26 de maio de 2010

Toma lá um bb e não digas que vais daqui

O gajo que inventou o BlackBerry® das duas uma – ou tinha mesmo a clara intenção de chatear ou nunca tinha tido a infeliz ideia de ser advogado. Não pode passar muito daí – ou era mauzinho ou ingénuo. E é que esta raiva momentânea não se trata de ainda não me ter habituado a nunca "sair" verdadeiramente do escritório e a "entrar" com o mesmo à vontade com que aquela luz vermelha me manda trabalhar esteja eu onde estiver. Mas hoje foi demais – ainda não estava completamente acordada (eram umas 7 da matina, não pensem que eu ando a ter uma vida fácil cá! Ok, ok… umas 7.30… a ir para as 7.45, vá!) – e já tinha um pedido urgente do outro lado da linha, de alguém que faz um horário das 6 às 4 e acha que os advogados são pau para toda a obra… e a toda a hora! BTW, alguém me sabe dizer se ainda há escritórios de advogados que trabalhem com telefone fixo e máquina de escrever?

25 de maio de 2010

Estou sem ideias

Preciso de sugestões para o próximo livro que vou comprar hoje ao fim da tarde à Waterstones.

Ficarei profundamente desiludida se não tiverem nada para opinar até então.

24 de maio de 2010

Em duas penadas

4 dias e 4 aviões depois diz que tenho uma obstrução tubar, o que trocado por miúdos significa que estou surda que nem uma porta do ouvido direito deste quinta-feira. Mas eu não sou cá gaja para me deixar intimidar por um tímpano ressabiado e por isso foi um fartote de coisas giras este fds – da Lagoa do Fogo, à Caldeira Velha, uma viagem atribulada de carro pelas ruas de S. Miguel, passando pelos copinhos de licor de maracujá bebidos à pressa numa roulotte de berma de estrada, acompanhados de um cigarro-bomba Além Mar e de uma conversa incompreensível com um Açoriano que – muito simpático, muito simpático – conseguiu que ardêssemos logo ali todos os trocos que trazíamos nos bolsos. Tive até direito a cantar no palco de um Coliseu, coisa que certamente não me voltará a acontecer na vida.

19 de maio de 2010

Londres – Lisboa – Ponta Delgada – Lisboa – Londres

Foram 28 anos a fazer um esforço tremendo por engolir 12 passas todo o santo ano novo e a bater na mesma tecla de querer viajar muito, muito no ano seguinte que_eu_sou_uma_gaja_porreira_e_trabalhadeira_que_no_fundo_merece. Parece que foi em Salamanca que as minhas preces se fizeram ouvir e por isso decidiram fazer-me a vontade este ano para eu ficar satisfeita e não chatear mais.

Açores, São Miguel, mais precisamente Ponta Delgada – aí vou eu! Não prometo o cozido das furnas mas um mergulho na Lagoa do Fogo isso é que vai. Ai vai, vai.















Até para a semana!

18 de maio de 2010

Mais dois

Gente,

Sabem como é, isto já faz parte – aqui vão mais dois barzitos por onde passeei a minha alegria recentemente para o caso de não saberem onde ir no próximo sábado à noite.

La Stanza
Fica ali perto de Picadilly e serve para fazer a festa mas não aquece nem arrefece. Tem um pátio simpático para fumadores com uns aquecedorzinhos maravilhosos o que subiu 10 valores na minha consideração. Ainda conseguimos meter água com um porteiro que era brasileiro, enquanto eu era fortemente gozada por andar de bilhete de identidade (ficam avisados que quem não tem um CC está out).

Fuel
Restaurante & Bar em pleno Covent Garden. O restaurante fica numa cave labiríntica (depois de umas horas algo claustrofóbica) mas decorada com originalidade o que faz esquecer a profundidade da coisa. No andar superior o bar com uma varanda para o mercado (aquecedores + cigarrinho = gostei), para aquelas noites em que apetece estar a ver a banda a passar.

17 de maio de 2010

E depois há dias como este

em que sinto que vale a pena.

16 de maio de 2010

Três boas razões para estar com uma valente neura

É domingo, está um dia daqueles em que não chove nem deixa chover e eu aqui fechada a trabalhar.

15 de maio de 2010

One man show



Um homem. Uma guitarra. Um plateia extensa, mas silenciosa. Um sala imponente. Um atmosfera mágica. Foi hoje no Royal Festival Hall o concerto em relação ao qual não guardava muitas expectativas mas que me surpreendeu grandemente. Nunca imaginei que este senhor enchesse uma sala daquelas. Uma plateia rendida à sua figura singela, perdida, frágil - até - no meio daquele palco ostensivamente grande para ser ocupado por uma pessoa apenas. E a sua guitarra. Os acordes soavam de uma tranquilidade contagiante, apenas quebrada pelos aplausos que soavam imediatos e seguros no final de cada música. Acho que posso dizer que foi o primeiro concerto em que estive comigo mesma. E gostei.

14 de maio de 2010

Um obrigada à Ana e ao Diogo por terem aceite o desafio que lhes lancei... e por terem partilhado comigo (e convosco) o que viram e sentiram nesta cidade

"Fifty Five to...

Este poderia ser um qualquer destino que um 55 nos levasse... mas não, não é um destino qualquer...
Estamos em Londres, em Heathrow... quis um vulcão que nos mudássemos para cá.
Já contabilizamos mais de 10 horas entre atrasos sucessivos, cancelamentos inesperados..
Já foi dia... e entretanto ficou de noite!
Está a chegar ao fim, se novo ajuste horário não se verificar, aqueles que foram os 4 dias mais divertidos da nossa 1ª experiência europeia juntos!
Chegamos a Stansted com muita vontade e mapa na mão...
Palmilhamos Km's... vimos tudo, mesmo quase tudo que Londres tem para nos mostrar.
Passamos o Tate Britain, acertamos a hora no Big Ben, atravessamos a Westminster para ver de perto o London Eye. Vimos as figuras de cera, entrámos no museu de Historia Natural e rendemo-nos ao palácio da rainha. Passeámos em Notting Hill, lanchámos em Marylbone...sentimos a loucura de Oxford Street e ai lambuzámo-nos na melhor waffle do mundo. Descemos a Regent's Street até Picadilly Circus... Estivemos em Convent Garden... vimos os mais Punks de Camden Town... Pelo canal chegamos ao Regent's Park. Degustamos no Borough Market... e jantamos no Ping Pong, no Wahaca e no Pho.. Subimos a Primrose Hill e ainda houve tempo para passar em St.Paul's Cathedral e pela ponte Millennium chegamos ao Tate... Foram muitas linhas de metro, muitas de bus... mas uma foi especial...

Festejamos a vitoria do Benfica na muito Tuga Stockwell Road (teve mesmo de ser)... com direito a tremoço e bolinho de bacalhau...
Andámos Km's, corremos metros... e fomos fortemente contagiados pela alegria da nossa anfitriã.

......

Não fossem ter passado mais 24 horas desde a hora em que começamos a escrever isto.. e já estamos em Portugal, poderia estar em busca de um 55 para um novo destino.. o que ele nos quisesse levar...

Fifty Five to... Leyton - Bakers Arms!

P.S O voo foi cancelado mais uma vez... Dormimos num hotel.. voltamos para o aeroporto.. saíram muitos aviões até finalmente aterrarmos em Lisboa.
Ficam saudades, muitas fotografias e um monte de histórias para contar...

Ana e Diogo
"

13 de maio de 2010

E é verdade

Quando me perguntam no elevador como vai a moral do meu país com cortes nos ratings, inflação, aumento dos impostos e congelamento dos salários, pena que eu só tenha tempo de explicar aquela parte de estarmos todos satisfeitos porque o SLB foi campeão e o Papa está hoje em Fátima.

12 de maio de 2010

A verdade dos números

A primeira minoria desde 1974
5 dias de negociações
A primeira coligação depois de 70 anos
O PM britânico mais jovem dos últimos 200 anos
Primeiro PM conservador depois de 13 anos de poder trabalhista
Conservadores afastam Trabalhistas pela primeira vez em 30 anos

Parece que cheguei no episódio mais emocionante da política britânica.

E por falar em duas coisas que não têm nada a ver

Outro musical já cá canta. Os meninos escolheram. A menina fez a vontade. E não é que desta vez os rapazes cantavam que se fartavam. Até eu – emocionei-me e cantei tanto e a plenos pulmões esta aqui, que sai de lá feita em Scaramouche.



E ainda... uma surpresa com sotaque português

O Viajante abriu há 1 mês em Londres. Fica em East End, numa rua que mete dó de má mas num edifício que só pode ter sido estacionado ali ao engano. Por isso até a escolha do local surpreende. O Nuno é o chef com sangue luso, que andou pelos Estados Unidos e pela Europa a ver como se faz a coisa à séria e deve ter sido nos tempos que passou a apanhar na cabeça do Sr. Adrià no El Bulli que aprendeu a fazer aquelas granizadas e outras coisas tão boas de se bradar aos céus. Cinco estrelas (bem pagas no final – esclareça-se).

11 de maio de 2010

i num instante tudo muda

De repente uma enxurrada de trabalho se abate sobre o 25° de UB Street. Cheira-me que a minha vida vai tornar-se rapidamente num pequeno pesadelo, mesmo a tempo de me lixar o Verão. Quem quiser demonstrar o seu apoio que o faça agora – se estiverem parcos de ideias – eu acharia simpático receber umas postitas de bacalhau e bom vinho tinto português. Douro, de preferência!

10 de maio de 2010

O jogo do título

Aconteceu ontem, numa rua esquecida para lá do rio, onde não é preciso estar muito atento para se perceber que é ali que se vive à Portuguesa. Hesitámos entre o café Sintra e o Cantinho de Portugal, mas as minis e o bolinho de bacalhau estavam garantidos em qualquer um dos dois. Pelo caminho, o café do Barros, uns quantos anúncios Delta e muitas, muitas bandeiras do SLB. Depois de passado o susto com o golo que o meu Rio Ave fez o favor de marcar, a festa fez-se. Com o Zé do bombo e o Tone indeciso entre a corneta e o apito, vestidos a rigor nos seus melhores fatos-de-treino tactel e um Quim Barreiros a cantar qualquer coisa ordinária numa coluna algures por ali. Foi a festa vermelha em Stockwell.

7 de maio de 2010

Momento revelação

Hoje vi uma inglesa chorar. Durou 30 segundos e depois foi como se nada tivesse acontecido. É certo. Mas ainda assim consegue ser tão inverosímil como um bacalhau com asas a voar.

E os próximos são.....

A AI e o D chegaram a Londres ontem e cheios de vontade de absorver esta cidade. E eu cá estou para fazer o meu papel bem feitinho e conseguir que eles saiam daqui a sentir-se um pouco londoners. À terceira ilustre visita, a sala lá de casa passa a qualificar oficialmente como quarto de hóspedes e eu como guia turística especializada – por isso agarrem já na vossa prancha e venham surfar para o nosso sofá porque a lotação começa a ficar esgotada!

6 de maio de 2010

Polling Day

Hoje é o dia dos britânicos irem às urnas. O escritório apressou-se a "pedir" para não tentarmos aceder aos sites de vídeo para acompanhar os resultados, para "não causar lentidão acrescida no sistema".
Gostava mesmo de saber como seriam em Portugal umas eleições à quinta-feira.

5 de maio de 2010

O 30 de Abril em Amesterdão - As impressões

O dia da Rainha consegue fazer na Holanda aquilo que nós nunca conseguimos em Portugal – uma festa que os une num forte sentimento de nacionalismo e em que celebram precisamente o facto de serem holandeses. Em Portugal, não fosse o futebol e a feliz coincidência de nos termos aguentado até à final do Euro 2004 – não me recordaria de termos celebrado sem bairrismos à mistura as cores da nossa bandeira. E ainda assim foi preciso vir um brasileiro lembrar-nos disso.
Agora imaginem uma cidade pintada de laranja, milhares de pessoas a chegarem vindas de todo o lado cada uma com um adereço laranja mais original do que a outra, palcos montados em cada esquina, músicos e bandas espontâneas por todo o lado, bebida – muita – bebida, canais pejados de barcos cada um com a sua música e a completar o ramalhete: os holandeses – um povo que, entenda-se, não deixa nada a dever à galhofa. A festa começa às 7 horas de um dia e acaba na madrugada do segundo dia depois. Isso mesmo, perceberam bem. São aí umas 36 horas de gente a vaguear ininterruptamente nas ruas, a fazer as coisas mais doidas que possam imaginar. Bem-vindos a Amesterdão no(s) dia(s) da Rainha.
A primeira noite foi passada - se não totalmente – grande parte em claro. Vozes, gargalhadas, música, cornetas, garrafas a partir – a começar, os holandeses gostam de começar em grande e dormir é para os fraquinhos. Às 10 da manhã do dia seguinte já estava na rua e nem queria acreditar quando me vi (às 10 da manha não se esqueçam) numa grande praça onde estava a acontecer uma rave e onde se reunia o maior número de gente passada por metro quadrado. Juro que pensei que ia ver muitos caídos pelas ruas ao longo daquele dia quando os vi alegremente a dançar em cima de paragens de autocarro, pendurados em estátuas, em varandas como se não houvesse amanhã… enfim, o diabo a quatro. Mas não pensem que a mesma loucura se reproduzia em toda a cidade – era possível escolher entre estar nas zonas calmas e elitistas, a ouvir umas musiquinhas in, beber Moet e comer ostras, como saltar para as ruas hard core e confiar no destino.
Para além disto, no dia da Rainha os holandeses abrem a porta de casa e vendem tudo o que lhes dá na real gana, ali mesmo: roupas usadas, mobílias, home made food, bebidas, tralha e mais tralha. Alguns punham os filhos a tocar ou a fazer qualquer graçola e – sem dúvida – conquistavam uma grande assistência e uns trocos extra para patrocinar os copos. Todos participam na festa.
No fim (sim, ficar um dia depois permite ver o "resultado" de tamanho empreendimento) a cidade ficou completamente virada do avesso, lixo por todo o lado, parecia que tinha acontecido ali uma guerra civil. Mas os holandeses não pareceram preocupar-se muito com isso: não vi um varredor, um carro vassoura a tentar devolver apressadamente a dignidade à cidade. Talvez nisso eles sejam parecidos connosco – primeiro há que curar a ressaca, afinal, o que há mais é tempo para apanhar os foguetes.
 
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