30 de março de 2011

The British "Summer" Season

Ou aquilo que os ingleses confundem com Verão. E eu já tenho a listinha com os eventos must go para os próximos meses de alternativas à praia que só povos felizardos plantados à beira Mediterrâneo tem o prazer de desfrutar durante meio ano.

Começámos este fim-de-semana com a Oxford and Cambridge Boat race. Eu confesso que sou uma descrente por natureza e imaginei-me plantada à beira rio sem perceber nada do que se estava a passar e a beber Pimm's para ver as horas passar, mas ainda assim pus-me ao caminho para lá de sol posto onde supostamente ficava o pub mais pub junto ao rio para assistir ao evento (evento no UK implica sempre um pub à mistura…) disposta a tudo num dia cinzento com ares de quem ia chover. A parte de não perceber nada confirmou-se – e a prova disso é que estive uma tarde inteira para ver os 2 (!) barcos a remos a passar e na hora H decido ir ver o ambiente das casas de banho (...) (typical!) – mas fiquei surpreendida (é a vantagem de se ser descrente, umas boas surpresas de vez em quando) com o ambiente da festa. Assim em duas penadas aquilo fez-me mais lembrar o ambiente de Coimbra na queima das fitas – proximidade do rio, muita bebida, música ao vivo, meninos loirinhos e imberbes com ar de estudantes, sandes de carne e ketchup como se não houvesse amanhã, gente perdida com o álcool, filas, confusão, WC de plástico, muita bebida . 6 horas depois de pedra e cal (e de pé!), acho que não preciso dizer que gostei. Acabei a dançar Doors cantados e maltratados por um senhor com uma voz que mais parecia uma cana rachada mas que serviu para o bailarico e os pés sujos de poeira e roupa com nódoas de bebida como nos velhos tempos. Só faltou o sol, mas esse também nunca se viu nas noites longas de Maio da cidade do Mondego.

29 de março de 2011

Volto já

O nível de stress na minha vida é inversamente proporcional ao número de posts deste (tantas vezes) mal-amado blog. Agora vejam lá a animação que para aqui vai.

18 de março de 2011

Do something funny for money

Hoje celebra-se o red nose day – uma iniciativa de recolha de fundos nacional para instituições de solidariedade social. Esta manhã esperavam-me palhaços e outros mascarados à porta do escritório e – sendo inevitável olhar e esboçar um sorriso – toda a gente acaba por contribuir com qualquer coisa. Uma abordagem divertida a um assunto sério, uma forma diferente de se ser solidário!

17 de março de 2011

Geração à rasca

Muitos jovens ingleses das melhores famílias têm andado verdadeiramente à rasca, esses sim – os que ainda não foram convidados para a despedida de solteiro do William. Coisa que poderá acabar com a sua carreira na socialite na próxima década.

16 de março de 2011

Quem diria

Hoje tive que fazer alguns daqueles telefonemas que andava a adiar. Simplesmente porque lido mal com duas coisas: ter que recapitular coisas complexas em frases estéreis e ter que falar de mim.

15 de março de 2011

500 days and counting

Faltam 500 dias para os Jogos Olímpicos e à parte as polémicas envolvidas (pensei que era só em PT que estas organizações davam barraca) celebrou-se com fogo-de-artifício na BT Tower. Estava eu no tapete a correr quando a BBC prometeu passar o feito em directo mas os 15 minutos a mais que corri para esperar pelo feito não valeram a pena – o espectáculo foi pobrezinho, passou num ápice e o nevoeiro não ajudou. Até o Jardim sabe fazer melhor lá na ilha. Acho que não fui só eu que fiquei de boca aberta – era ver as caras de desilusão dos VIP que lá tiveram que fazer o frete de ir ao Gherkin e beber uns copos à pala da organização para ver a coisa de perto.

11 de março de 2011

Seremos mesmo iguais?

Esta noite vou estar aqui - um tributo feminino ainda no rescaldo do dia da mulher. O mote é "Equals" – para não fugir à regra de que sempre que se fala da Mulher, discute-se a (des)igualdade. Eu não sei o que vocês acham mas olhando à minha volta não vejo igualdade – vejo mais e melhores mulheres!
Bom fim-de-semana

9 de março de 2011

Pancake day

Ontem toda a gente falava do dia da mulher mas ninguém se lembrou que também era o dia da panqueca. E se o dia da mulher não me faz ir daqui ali, já pela panqueca sou capaz de bem mais. Vai daí trocámos a sessão de ginásio e voamos a South Kensignton para uma  escandinava no Madsen. Nada como arranjar motivos para celebrar!

7 de março de 2011

Carnaval, qual Carnaval?

É triste mas é verdade, aqui tudo se passa como se o Carnaval não existisse. Mas também pudera: só de imaginar ver uma bifa (daquelas branquelas e quadradonas que andam com a perna aberta) a dançar samba até me doem os olhos. Deixem lá isso, Carnaval é para quem tem salero.

New beginning

Seria muito injusto eu dizer que algum dia estive mal neste escritório, mas desculpem-me lá – estar junto à janela com uma vista brutal sobre a cidade e o sol ameno de primavera a aquecer-me a pele é mil vezes melhor. Tenho numa nova roomate, desfiz-me da papelada desnecessária (e tanta que eu já tinha reunido...) e arrumei tudo bonitinho nos seus lugares – estou pronta para um novo começo!

4 de março de 2011

Nightjar

Eles dizem que a sua inspiração vem do tempo em que a música ao vivo fazia parte de uma boa noite de copos. Eu diria que eles ainda não saíram desse tempo, pois um bom lanço de escadas e uma porta depois, entrar neste bar é como viajar uns bons anos para trás. Imaginem o que  é estar numa rua cheia de lojinhas de kebab, apinhada de gente e ruído de carros a passar e de repente ir dar a um bar escuro numa cave, uma tipa com um ar assustador e voz translúcida a cantar Jazz acompanhada por um pianista com trejeitos de cientista louco, gente vestida com inspiração cabaré, cocktails com aspecto exuberante a passar. Sentamo-nos numa mesinha com uma velinha e uma jarra ridícula com dois cravos vermelhos e olhamos em redor – não há volta a dar: esta cidade há-de ter sempre algo mais para nos surpreender.

3 de março de 2011

Black Swan

Entrei com muitas expectativas (por aqui a ida ao cinema é mais rara, por isso objecto sempre de emoção adicional) e saí com uma sensação de vazio. Imagino o trabalho que esteve por trás da construção daquela personagem mas sinceramente isso só por si não chegou para eu gostar do filme (fazendo a ressalva da minha ignorância em relação ao tema). Se estava à espera se algo surpreendente acabei por deparar-me com um conjunto de lugares comuns, um enredo meio atabalhoado e um final enfiado à pressão numa história que já não tinha nada a dar. Da próxima espero acertar.
 
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