28 de outubro de 2010

Das datas especiais

No dia em que eu nasci a minha mãe tinha 29 anos.
Era dia 29 Outubro (um dia de trovoada segundo sempre me fizeram acreditar as más línguas).
Amanhã passam 29 anos desse dia.
Se a coincidência de datas quer dizer alguma coisa, que seja força para alimentar o corpo, clarividência para iluminar a cabeça e inspiração para colorir o coração.  O resto vai-se fazendo.

26 de outubro de 2010

LL está bem de saúde e recomenda-se

Desconfio que este endereço já terá desaparecido dos vossos favoritos mas se alguém ainda andar por cá - coisa que eu tomarei em devida consideração, pois reconheço que não é qualquer alma que aguenta tantos dias a vir aqui e a levar com a música delicodocedepressiva da Kate Nash - pode dormir descansado esta noite pois ainda não foi desta que desapareci da blogosfera, nem desisti de escrever. Mas a exposição contínua e prolongada a um assoberbamento laboral acaba por ter efeitos secundários e causa secura criativa. Mas aqui estou eu back in business- ainda que titubeante entre tantos acentos e cedilhas de um teclado luso, como há muito já eu não teclava - satisfeita pelo meu computador ainda não se ter implodido estando ligado vai para uns dez minutos, depois de ter passado os últimos tempos sujeito a sabe-se lá o quê, nas mãos de um indiano (ou paquistanês ou qualquer coisa que o valha, não sei)  que se dedica a arranjos de electrónica numa rua escura ali para os lados de Tottenham Court Road. Ora, se já me tinha surpreendido a loja ainda existir uma semana depois quando lá passei para levantar a minha máquina, estou maravilhada com o facto da mesma ainda funcionar (aparentemente e por enquanto, claro).

Entretanto reuni aqui uma listinha com alguns sitios por onde passei nos últimos tempos para registo para memória futura (começando pelos sitios que valem mais a pena):


Se eu vos disser que aquilo mete caveiras, mete umas paredes curvilineas em mosaico que fazem lembrar o parque Güell do Gaudi, mete lareiras, mete pormenores barrocos, mete uns cães de louça com plumas, mete tudo o que de mais improvável vocês possam imaginar, não pensem que é exagero - é um restaurante super especial que parece saído directamente de um filme do Tim Burton e aterrado ali em Notting Hill para ser disfrutado com boa companhia e um bom copo de vinho. Está no meu top 5 até ao momento.


Este pub merece uma referência por ter uma boa esplanada, onde se passam uns bons momentos nos (raros) dias em que o sol decide dar as caras por cá.

SOS (Smiths of Smithfiel)

Mais uma perolazinha cá da zona. Um espaço descontraído, assim a fazer lembrar uma fábrica, ou um armazém, com uma música animada para começar bem o dia e uns empregados bem-dispostos. Para quem acorde ao domingo com necessidade de vitaminar-se é aqui mesmo ao SOS que deve dirigir-se.


Quem diria que a um domingo, quando parecia que o fim-de-semana já tinha dado tudo o que tinha a dar íamos acabar assim, a beber (mais) um copo de vinho e a disfrutar de tudo o que temos direito até ao fim. Um pub encravado numa rua de South Kensignton, apinhado de gente gira, nada de estraordinário, mas um daqueles sítios que ficam gravados porque sim. Às vezes isso basta, certo?


 Desilusão. Não encontro outra palavra para resumir a experiência. Eu que já não sou novata nestas coisas devia ter desconfiado - num restaurante ou se janta ou se vê vistas, não acreditem quando vos tentarem vender o melhor dos dois mundos. De facto a vista de 360º daquele arranha céus impressiona, mas não compensa jantar com o prato no colo uma fish pie que no M&S deve ficar aí por umas 3 libras.

E pronto, entretanto desgracei-me e hipotequei mais umas horas de sono. Mas por uma boa causa. Amanhã quando o despertador tocar vou lembrar-me do quanto tinha saudades de estar aqui (ainda que virtuamente) com vocês.

Bem-hajam!


15 de outubro de 2010

Hoje não tenho nada de jeito para dizer. Também acontece. E quando é assim, mais vale não inventar. Sendo assim deixo-vos música para os vossos ouvidos.

Bom fim-de-semana

14 de outubro de 2010

Se fossem todos como o de hoje, os dias podiam ter aí umas 30 horas

Começar o dia com um pastel de nata quentinho na casa mais "Portuguesa" desta cidade, almoço de duas horas num japonês fantástico, sendo que ainda me esperam dois lanches e um jantar num Indiano chique de West End. Tirando o senão de ao fim de uns tempos estar a vestir - pelo menos - dois números acima de calças, era uma vidinha do caraças.

12 de outubro de 2010

Às vezes pergunto-me


Mas porquê que eu não estou a ver este pôr-do-sol de outro sitio qualquer??

8 de outubro de 2010

Celebrity spotting: Check!

O Punch Bowl fica numa rua discreta de Mayfair e ainda que chame à atenção a quantidade de caras bonitas e pernas bem feitinhas, altas e magras a bambolearem-se e a fazerem monte à porta, não diria que era mais do que um pub bem arranjado e com bom gosto numa zona chique de Londres. Mas afinal havia uma razão para aquele aparato todo – o Sr._ex_Madonna é o dono do sitio e costuma andar por ali desde que a dita lhe deu com os pés.

Ora, se ontem à noite aquela malta toda queria pôr-lhe a vista em cima, bem que se desiludiu, porque ele só deu as caras quando a nossa era já a última mesa da sala a meter nojo aos empregados e à saída ainda tive direito a um agradecimento in person do Sr. Guy Ritchie! Também tenho direito a entusiasmar-me com celebrity spotting, ou não?!

7 de outubro de 2010

An Englishman in New York

Kate Winslet by
Jason Bell
Inspirado pelos 120000 english men and women a viver em NY, Jason Bell fotografou algumas personagens britânicas famosas que escolheram ser legal aliens em NY e cujo resultado imortalizado como "Englishman in New York" pode ser visto na National Portrait Gallery.

Embora fosse mais forte o chamamento dos scones quentes do bar do último piso da galeria, altura em que o relógio já chamava para o afternoon tea, não resisti a demorar-me (e a partilhar aqui) nesta fotografia e no seu olhar vago - a meio caminho entre o decidido e o resignado - que naqueles breves segundos sobressaiu de tudo o resto, e - num grito surdo - trespassou o papel e tocou-me como se de um meu próprio sentimento se tratasse. Talvez porque também eu e cada um de nós - acredito - já se tenha sentido alien, num sítio qualquer, num qualquer momento da sua vida.

Do grito do Ipiranga

(ou das razões pelas quais não tenho escrito tanto quanto gostaria)

Ontem já tive que ficar à porta do cinema e morrer na berma da bilheteira, hoje gostava de chegar a tempo das entradas do jantar que me espera em Chelsea.

6 de outubro de 2010

Boa mesa

Isto hoje vai ser rapidinho, rapidinho. Contrato a contrato, minuto a minuto, operação a operação não há tempo a perder! E entretanto chegámos a Outubro! Como eu gosto das castanhas, dos cachecóis, de aquecer a alma em frente a uma boa lareira! Então aquí vão algumas sugestões invernosas e quentes, para uma escapadela este Inverno.

Vinoteca

Uma boa selecção de vinhos, entre os quais mais de uma mão cheia de representantes lusos. Eu experimentei o Australiano "the Black Sock", que acompanhou na perfeição um risotto servido ao balcão enquanto trocámos umas impressões com o empregado que afinal falava Português. Ali ao virar da esquina da mina casa – ainda mais isso.

Cafe du Marche

A comida perde o protagonismo quando um restaurante consegue fazer-nos sentir em casa. Uma sala que poderia bem ser a sala da avó, um tratamento caloroso e irrepreensível, a receita para um jantar demorado em que o conforto foi a palavra de ordem.

The Pig's Ear

Vale a pena a longa viagem até Chelsea, a caminhada pela King's Road num dia cinzento de chuva para depois se disfrutar de um brunch assim. Atendendo ao panorama das mesas do lado - um bom sitio para um almoço de domingo entre amigos, para matar as saudades do calor dos almoços de familia.

1 de outubro de 2010

Woo hoo - It's Friday!

Estão autorizados a pensar que sou uma completa freak – em nove meses que levo de Londres esta foi a quarta vez que almocei fora do edifício do escritório, num restaurante digno desse nome e não pensei em trabalho durante duas horas inteirinhas. Uma pasta super saborosa no Jamie's Italian e um par de horas de gargalhadas e conversas sobre sapatos e gajos com as colegas divertidas do piso depois, e a vontade de trabalho é zero. O lazer, de facto, só atrapalha!
 
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